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15 abril, 2012

Diário: Como esqueci você e continuei vivendo.

Resolvi publicar umas coisas que eu registrei no meu diário depois do fim de um namoro. Aquela coisa do perdoar e esquecer, seguir em frente... tudo isso. Vou revelar coisas que eu pensei e senti. Quem sabe ajude a alguém a não se sentir sozinho, ou alguém a entender o que tá sentindo. 
Sempre tem alguém passando por alguma coisa assim, porque mesmo sabendo que chegou o fim, ainda temos o descaramento de achar que o amor sozinho dá conta de tudo:
das nossas expectativas,
do ‘pra sempre’ e
do ‘eu te amo’. 



Vocês provavelmente leram (ou pelo menos deveriam ler antes de continuar) como foi pra mim quando me perguntaram sobre um ex.
Pra chegar até aí, é um processo mesmo. Eu tentei também listar umas Etapas pra encarar o fim que também não foram suficientes.. então vou fazer uma coisa diferente. Vou mostrar que pra todo mundo esse processo é igual.
As coisas permanecem na nossa memória

E não se trata de esquecer, é de sentir. 
Sentir é mais importante que saber. Num mundo de mudanças rápidas, intuir e compreender é mais importante do que acumular as coisas.

DIA 1: Perder um amor é como perder um órgão. É como morrer. A diferença é que a morte encerra as dores e o pesar de ficar sem ele vai durar pra sempre.

DIA 15: Não encontrei um motivo pra ser feliz sozinha. Não que eu ache que conseguirei ser mais feliz... sem nossos momentos juntos, sem NÓS, eu não consigo... 

DIA 29: Sempre a esperança... 
Como uma criança que perdeu alguma coisa.

DIA 35: Ele devia ter me visto chorar. Eu fico pensando naquele dia, e eu chego a conclusão de que se eu tivesse chorado, tudo teria sido diferente... Se eu mudasse o discurso, se falasse mais, ou menos, ou melhor, ou mais pausadamente....
Se ele tivesse me visto chorar, ainda estaríamos juntos.

DIA 42: Prometo que vou esquecer. Juro a mim mesma que a vida vai continuar. Entendo que nunca mais seremos o que fomos. Ele nunca mais vai aparecer aqui com aquele sorriso e aquela voz. Meu orgulho fala mais alto que minha dor. Juro não procurá-lo. Não vou me humilhar pedindo o que me foi negado. Amargo.

DIA 56: Eu quase consegui abraçar alguém hoje. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado dele. Foi realmente quase...

DIA 61: Acho que estou seguindo em frente.

DIA 73: Ri tanto no jantar! Tanto que quase fui feliz de novo. QUASE. Ouvi uma história muito engraçada; no meio da minha gargalhada eu pensei em como eu gostaria de contar essa história pra ele. Fiquei quieta o resto do tempo. E triste de novo.

DIA 85: Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim! E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo isso é que eu cheguei a considerar gostar dele. QUASE consegui me animar, mas gostar de alguém é admitir que você também vá amar outra pessoa... e isso não dá.

DIA 99: Eu achei que quando o tempo passasse, quando eu o visse de longe, forte, indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim... eu achei que passaria. Não passa nunca. Mas QUASE passa todos os dias.

DIA 106: Tem um pontinho ali no mesmo lugar, me incomodando com a lembrança de um resto. Um pontinho. Ele, que já foi tudo e mais um pouco, agora é um QUASE. Um quase que me irrita porque não me deixa ser completa em nada, tranquila em nada e feliz em muito pouco. 

Dia 110: Não acomodar com o que incomoda. Me afastei dele de todas as formas possíveis. Só sei mesmo o que, por azar, me contam. Estou muito bem.

DIA 129: Hoje, por pouco, não liguei pra ele. Pensei em ser leve e dizer: 'Ei, não quer assistir aquele filme novo?'  Sozinha, acredito que sei tratá-lo como um amigo. Mas aí, desisti. Ignorei o impulso camuflado de ouvir a voz dele no meu ouvido de novo. 

DIA 136: Consegui, sem ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que foi só mais um dia comum com um pontinho de quase. Um quase que, uma hora, vai virar nada.

DIA 144: É justamente por nós nunca termos sido inteiros um pro outro que nosso fim não quer ser inteiro. Eu quase não o amo. Quase não sinto ciúmes do que fico sabendo dele. Quase não mantenho esse diário.

DIA 152: Não quero ele comigo. Tô pregando e espalhando essa historinha de 'Quero ele feliz. Que encontre outra pessoa." e é de verdade! Tenho que fazer alguma coisa. Não quero ele comigo.

DIA 162: Eu estou sendo egoísta quando se trata de amor. Porque eu decido que aguento te ver com outra pessoa. Não sei o que aconteceu. 

DIA 177: Sento e trabalho, saio com os amigos, estudo. Não busco nem evito que mencionem ele. Tenho os mesmos interesses. E se minha conduta não diminui minha solidão, pelo menos evita que ela aumente desnecessariamente. 

DIA 188: Decidi que vou sorrir sempre. Isso fará alguém me amar. 




(Para ler outro trecho de meu diário publicado no blog, clique aqui.)

2 comentários:

  1. nossaaa tinha esquecido como é maravilhoso minhas doses de polly

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    1. Ahhhhh, Sua linda! Venha sempre visitar aki!
      Beijo! :D

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