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30 setembro, 2013

O encontro, o desencontro, o reencontro, o final feliz.



Quando se trata de relacionamentos eu sempre tive esse questionamento: Como uma pessoa que antes eu nem conhecia, hoje é meu principal pensamento?
Parte de amar alguém é isso: É ver o sentimento criar um passado que não existe, como se a pessoa houvesse participado de toda a sua vida e ainda suprir a falta de outras lembranças. Sim, é meio mágico.

Mas quando você diz "Eu te amo" está fazendo uma promessa com o coração de outra pessoa. Deveriam honrar isso.
E tem ainda aquele medo do olhar da pessoa. Medo de a pessoa olhar fixamente e de repente descobrir tudo o que se passa na minha cabeça.

Nem dá pra exigir dos outros que entendam como eu me sinto, porque não passaram pelas mesmas experiências que eu.
É fácil não dizer. Difícil é não sentir.
Queria mostrar coisas. Queria dizer coisas.

Temos os momentos simples com pessoas maravilhosas que são aqueles que a gente guarda a vida toda e fica querendo viver de novo.
Meu medo e minha felicidade andam juntos. Quanto maior a felicidade maior o medo de tudo acabar.

Minha última teoria é de que, talvez, o final feliz seja só seguir em frente.


23 setembro, 2013

Choque.

Sou uma garota táctil.


Sou de abraçar, de tocar, gosto de correr os dedos pelos cabelos ou costas em um carinho amigável. Massagem, mãos dadas. Cafuné. Gosto de estar junto, gosto dos esbarrões, daquele roçar de pele que acontece meio sem querer. 

O toque me traz conforto e tranquilidade. Afeto. É do que mais sinto falta. 

E às vezes dá vontade de beijar ele do modo como nos beijamos na primeira vez: nossos dentes se batendo, o corpo dele se inclinando contra o meu apertado, meus cabelos soltos tocando de leve nos braços dele; um beijo bom mesmo, com os dois sem pensar nada além do beijo, porque seria perigoso pensar em qualquer outra coisa além de quão gostoso era.

A única coisa que me impede agora, não é como esse beijo seria errado - foi tudo meio errado mesmo, quase que desde sempre -, mas como agora é realmente perigoso sequer pensar sobre isso.

18 setembro, 2013

Manuscrito.



E é todas as minhas incertezas, é meu texto inacabado, as histórias que escrevo insanamente com vírgulas e reticências, mas nunca incremento com um ponto final. 
É minhas interrogações, minhas perguntas sem respostas, minhas palavras sem sentido. Porque quando se trata disso eu nunca sei. Dá um sorriso, depois o rega de dúvidas e não dá o devido tempo para florescer; e dá uma lagrima, mas a seca antes de ela se derramar por completo. 
E é meu conto de fadas, mas não seguimos o script da Cinderela, porque daqui eu não consigo ouvir as badaladas do relógio, eu não consigo ouvir a contagem regressiva para a meia-noite e não há nenhum sinal de que minha carruagem está virando abóbora, que meu cabelo e minhas roupas estão se desfazendo, não há nenhuma sinal se quer para que eu saia correndo. 

16 setembro, 2013

Combinamos.

Combinamos que não era amor. 
Escapou ali um abraço mais forte no meio do escuro. Mas aquilo ali foi só sono, foi a inércia do amor que estava no ar mas não necessariamente em nós... Nem sei o que foi aquilo. 
A gente foi a shows, bares, cursos e essas coisas que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali uma mão que quis esquentar a outra, mas a gente fez parecer nada, como sempre. 
A gente combinou que não era amor. Você abriu minha coca-cola, comeu meu doce predileto e fuçou as minhas músicas no celular enquanto estávamos no trânsito. Mas ainda assim e com todo o resto, não somos íntimos. Nada disso. Só estávamos reunidos nesses momentos, porque tínhamos uma coisa muito simples em comum: nada melhor pra fazer. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor!

07 setembro, 2013

Você fica.

O meu coração já decidiu. 
Não experimente tirar a sua concentração de cima de mim. Nem pense em se afastar, quando se apaixona ou se lambuza em outra pele. Não adianta. Você é fraco demais pra esquecer. Você tem muito buraco negro, nessa sua vida, me sugando. 
E eu preciso de você em contagem regressiva. Em sussurros. 
Você fica. 

03 setembro, 2013

Talvez...

   
Talvez ele até mereça essa sua atenção momentânea, mas a longo prazo ele é um homem que não funciona direito. 

É como se ele fosse uma vitrola antiga, com a agulha defeituosa: se você parar para prestar mais atenção, vai se dar conta que ele fica roçando no vinil e atrapalhando a música, provocando aqueles ruídos que dão agonia nos dentes. 
E sabe o que é pior? Ele não tem conserto, não há peças de reposição no mercado, é chamado de causa perdida. 

Por que você não abraça uma árvore? Vai dar na mesma.