E mesmo sabendo disso, ainda temos o descaramento de achar que o amor sozinho dá conta de tudo:
das nossas expectativas,
do ‘pra sempre’ e
do ‘eu te amo’.
Não podemos deixar que o imediatismo tome conta da vida da gente!
E aí, o que deveria ser coadjuvante passar a ter ares de protagonista na nossa vida… Sim, porque para amar outra pessoa é preciso primeiro ver em si mesmo todos os aparatos necessários para não depender dela. Ou então, salve-se quem puder nessa história de gato e rato que vira o relacionamento, já que a sensação de posse toma conta e aí danou-se…
Querer tudo pronto e na hora que se quer, destrói a possibilidade de se permitir ser surpreendido pela vida e por alguém especial que ela possa trazer. Querer amar não basta, é preciso permitir-se amar. E do jeito que vai o barco, acho que nem todo mundo percebe a diferença entre essas expressões.
E assim, quem poderá nos salvar?
O amor? Aaaaah coitado, ele não tem culpa de querermos largar toda a monotonia das nossas vidas nas costas dele!
Ei, hora de acordar! Amor verdadeiro não existe assim pronto.
‘Amor é jardim’ de verdade. A verdade se constrói com cuidado, com liberdade. E essas duas palavrinhas não são antônimos… cuidar também é deixar livre! E tendo em vista a efemeridade dos dias de hoje, é cada vez mais difícil não confundir zelo com posse…
Se a gente acha alguém especial, quer mais é que essa pessoa não suma novamente na multidão, não é?
Pois bem, é essa imprevisibilidade de poder sumir que faz a diferença. Eis a lição fundamental pra gente: não se perde quem se deixa livre.
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