Ele não podia perdoá-la, mas não podia ser insensível.
Embora a condenasse pelo passado e a julgasse com profunda e injusta mágoa, sem nenhum interesse por ela e, ainda que começasse a gostar de outra, ele não conseguia vê-la sofrer sem desejar reconfortá-la.
Era o que restava de um velho sentimento; era um impulso de puro, embora não reconhecido, bem querer; era uma prova de seu coração ardente e terno, que ela não podia contemplar sem sentimentos em que se misturavam tanta dor e tanto prazer que não sabia qual deles predominava.
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