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18 agosto, 2011

Sobre mim mesma - Parte I

CAPÍTULO 1 - Personalidade e temperamento
Pollyana possui uma força de entendimento e uma frieza de julgamento que a qualificam, embora ainda jovem, para ser a conselheira do lar, e lhe permitem com frequência, opor-se, para proveito de todos, àquela impaciência de espírito que habita o coração da maioria das pessoas e que, em geral, as fazem cometer imprudências. Tem um excelente coração, um temperamento afetuoso e sentimentos fortes; mas sabe governá-los. Isso é algo que uma parte da sociedade ainda tem que aprender e que a outra parte resolveu que jamais lhe seria ensinado.


Seus amores? Basta que o rapaz pareça amável, que ame-a e que ela consiga lhe corresponder o afeto. É contra todas as suas ideias que a diferença de riqueza deve separar todos os casais que são atraídos pela semelhança de temperamento; e seu próprio mérito não ser reconhecido por todos que a conhecem é para ela algo impossível.



Uma vez, ela se apaixonou, viu apenas que ele era calado e discreto, e gostou dele por isso. 


Se faz necessário dizer, no entanto, que talvez, o desprezo de algumas pessoas equilibre o dela. Se seu elogio é censura, a censura dos outros pode ser elogio, já que sua falta de discernimento não é maior do que os preconceitos e injustiças do resto das pessoas.

(continua no capítulo 2)

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