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17 maio, 2014

Volta pra mim com os cortes na boca e a falta de fôlego porque sim, eu te aceito.

 E eu reparo teus danos e te refaço pro mundo, para que você voe novamente, e parta sem mim. Porque dentro do amor eu percebi que não há nada nosso, nem as noites em que cantamos a tristeza e reverberamos a solidão, nem o vulto da eternidade no teu pé errante. 
Não há nada que eu posso dizer que tive nos momentos onde a intensidade disse os verbos e nós proferimos o infinito. 
Volta para mim, não, não volte para mim, erre o caminho que os descaminhos são paralelos.
 Volta, não, não volta. 
Volta, que os eixos nas suas costas me dizem sobre o amor que gangrenamos nas mãos quando o sorriso não preencheu. E eu canto o que Drummond diz.
E eu faço dos versos nosso colete anti-monotonia e te abraço para nunca mais existir. Porque o belo não existe, além do brilho que há no invisível, através da retina do olho claro de sol que você tem. 
Volta para mim que os dias têm esmagado meus punhos, e eu tenho visto miúdo o que se vê brando e claro; meus lábios pararam no tempo. Volta antes. Antes da terceira guerra mundial iminente, antes que outro meteoro caia e desta vez aqui, aqui. Volta antes que eu agonize sua lembrança e refaça sua imagem turva e deturpada, antes da aurora-boreal encandecer o céu da Noruega, antes que eu e a sepultura conversemos sobre como andam os planos pro meu futuro. 
Não, não volta agora, estou desbotando todo destino. Canta para mim, canta Chico, e não volte enquanto o teu brilho não satisfazer meus dramas renegados. Eu te amo.. como um mantra que eu não soube pronunciar. 

I love you ❤️

“Se mil vezes você ir e voltar, eu te aceito… eu te aceito.”

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