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27 abril, 2013

Quer dizer, gostar de você não é fácil.

É como gostar de uma parede, ou de uma pedra. Na verdade, seria mais fácil gostar delas
Não que você seja sem emoção ou sem coração. Mas eu sei que você e eu não prestamos juntos. Veja, eu não sei nem usar um termo “nós” porque, pra ser sincera, nunca existiu nada demais entre a gente. E ainda assim, sempre que você vai embora, é como se tivesse tudo acabado.
Mas o que acabou? 

Como eu posso sentir que tudo que a gente tinha se perdeu, se a gente nunca teve nada? O que a gente sente não é amor. É anti-amor. É anti-amor por nada. Porque não adianta eu sentir que acabou, se não existe nada pra acabar. Você é uma porcaria. Literalmente. Daquelas que a mãe da gente diz que dão cárie e deve ser por isso que eu morro de medo de andar atrás de você... De tentar acompanhar o que eu sei que não tem caminho
Eu nem sei se você sente o mesmo medo que eu. 
Eu não sei nada sobre o que você sente. Mas tenho medo de perguntar, porque você sempre me surpreendeu. E eu sempre odiei surpresas. É claro que você pode sentir o mesmo. Ou até mais. Mas eu conheço bem você. E sei que você se esconde quando a coisa fica feia. 
E olha bem pra gente! Olha bem pra droga que a gente é! Com toda a certeza do mundo, você se esconde atrás da parede. E se esconderia atrás da pedra, se coubesse. E, a propósito, tenho que excluir a parede e a pedra da minha lista de “posso gostar sem me preocupar”. 
Que saco, você me rouba tudo! Já não bastava me roubar e agora rouba tudo que eu penso? Tô esperando você me devolver, ou dar um jeito nisso... Porque eu cogitei a hipótese de gostar de uma pedra. Tá vendo como você é mesmo dos piores? E eu sei que sou a pessoa mais retardada do mundo por ainda não ter ido embora. Mas é que você é tão ruim, que até te deixar é complicado.



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