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21 janeiro, 2013

Para esclarecer.



           Eu não te amei. E, se amei, já é tarde demais para saber. Por isso, fico com o 'nunca houve nada entre nós'.
Teve carinho, teve amizade, teve uma ponta de cumplicidade. Não houve união, muito menos força. Fomos mais apenas duas mentes entediadas procurando diversão.
           Eu não te amei. Mas inflo o peito para dizer que amei quem eu era quando estava contigo - que me perdoem os que detestam clichês.
Amei meu sorriso manso, minha voz calma, minha pela macia, amei meu jeito doce e... no meio de tudo, acabei me apaixonando pelos seus olhos, seu jeito de sorrir, o desenho das suas veias ao longo dos seus braços.
           Mas é só. Nunca amei tua voz nem teu jeito grandioso de ser. Nunca amei suas roupas nem suas palavras. Nunca amei teu caráter admirável nem tuas manias. Nunca amei seu cabelo nem suas mãos. Nunca te amei.
           Mas sempre menti. Porque não errei em sentir, errei em tentar começar a demonstrar isso para você. Porque você é todo susto! E a partir do momento que gostam de você, você se desinteressa. Quando fica sério, você só pensa em fuga. Quando chega a hora de sentir, você corre.
         E você é assim - gostou de conquistar, mas não de obter. E eu sou uma bagunça! Mas nós dois? A gente tem em comum essa mania de só aceitar o amor que achamos que merecemos.

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