Destino.

Quando eu estava na oitava série, li pela primeira vez "Romeu e Julieta". Eu sonhava em encenar Julieta um dia, com todas
as outras garotas com inveja, como nos filmes...  
Hoje eu vejo diferente. Se eu fosse convidada... o que acontece é que hoje eu acho que Julieta era uma idiota.

Pra começar, ela se apaixona pelo cara que sabe não pode ter, então ela culpa o destino por sua própria decisão errada.
Bem, hoje eu sei que quando o destino entra na história, as escolhas algumas vezes saem voando pela janela, mas na minha fase de amadurecimento, aos 13 anos, eu tinha certeza de que o amor, como a vida, era uma questão de tomar decisões.

E o destino, ele não tem nada a ver com a história.

Todos acham que é tão romântico, Romeu e Julieta, amor verdadeiro... que triste.
Se Julieta foi burra o suficiente pra se apaixonar pelo inimigo, beber uma garrafa de veneno e ir dormir num mausoléu... ela mereceu tudo o que teve.

Talvez Romeu e Julieta estavam marcados para ficarem juntos, mas só por um tempo, e então, o tempo deles passou.
Se eles pudessem saber de antemão, talvez tudo teria ficado bem.

Na oitava série eu decidi que teria o destino em minhas mãos. Eu não deixaria nenhum cara me arrastar pra baixo.
Mesmo agora, eu acredito que, na maioria das vezes, o amor é uma questão de escolha. É uma questão de tirar seu próprio veneno e a adaga e fazer seu próprio final feliz... na maioria das vezes...
Embora, algumas vezes, apesar de nossas melhores escolhas e a melhor de nossas intenções, o destino sempre vença.