Existem algumas coisas que eu nunca vou dizer para ele.
Eu gosto de pensar que eu provavelmente já disse essas coisas ou que estou dizendo agora mesmo numa outra dimensão onde, certamente, estamos juntos - preciso acreditar que em algum lugar no tempo-espaço nós somos NÓS - e enfim, o que eu diria afinal? Só o básico...
Que eu gosto do timbre da voz dele quando está com sono.
Fico abobalhada quando as sobrancelhas dele se erguem ao olhar para mim.
Fico fraca quando sinto-me incapaz de fazê-lo feliz.
Fico vermelha por dentro quando
me elogia por qualquer mínima coisa.
Apaixono-me pela liberdade que sinto e que me cerca quando ele comprova que não consigo mentir.
Minha boca implora pela dele tanto quanto minhas mãos procuram pelas dele.
Mas não costumo, como sabem, deixar de ser grata. Sou grata pela dimensão em que vivemos hoje, aqui. E sou grata pelo relacionamento que cultivamos. Ter ele em minha vida e não tê-lo ao meu lado continua sendo uma dádiva - dessas que são reconhecidas por poucos na vida -,
mas que nós com toda a nossa bagagem temos a sorte de conhecer e
possuir.
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